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sexta-feira, 7 de maio de 2010

Introdução ao Ciberativismo :: A Política 2.0 :: Parte I




Cibernética, conceituando tecnicamente, é um apanhado de estudos realizados no sentido de compreender a comunicação e o controle de máquinas, seres vivos e grupos sociais, através de analogias com as máquinas cibernéticas¹. Enquanto isso, no campo da filosofia, subentende-se ativismo como ação propagandista de uma determinada ideologia, destinada a quebrar paradigmas que representam atividades meramente especulativas. O engajamento nesta prática visa a militância, exercida através de ações efetivas e argumetativas, pautadas na transformação de uma realidade². Ciberativismo, ou ativismo digital, como também é conhecido, trata-se de nova forma de ação política; uma maneira de fazer política através de suportes cibernéticos; buscando a veiculação de um ideal através de uma mídia de grande alcance, é o ativismo contemporâneo praticado em rede, através da internet.
“Entende-se por ciberativismo a utilização da internet por movimentos politicamente motivados pelo intuito de alcançar certas metas ou lutar contra injustiças que ocorrem na própria rede” ³.
O ciberativista, conectado a rede mundial de computadores, é o usuário da internet com habilidade política, presente em todas as redes sociais, este usuário ativo das novas tecnologias busca na conexão o exercício pleno de sua liberdade de expressão. O foco geralmente é de ordem política, social ou ambiental, visando sensibilizar a opinião do internauta, público-alvo do ciberativista, ao transmitir sua mensagem. Para a tarefa, hoje, a melhor ferramenta é um PC conectado. Através do computador o ativista faz seus estudos, cria e edita textos, sons e imagens, difunde conteúdo, faz propaganda de sua ideologia, além de organizar mobilizações em rede, movimentos e passeatas. ‘Em termos filosóficos, a produção envolvida é a produção de subjetividade, a criação e a reprodução de novas subjetividades na sociedade’4.

1- Wiener, Norbert – Cibernética e sociedade: o uso humano de seres humanos - 1968.
2- The Activist's Handbook – Shaw, Randy – 1996.
3- Rigitano, Maria Eugênia Cavalcanti – Redes e ciberativismo – 2003. Disponível em http://www.bocc.ubi.pt/pag/rigitano-eugenia-redes-e-ciberativismo.pdf - Acessado em 27 de fevereiro de 2010.
4- Hardt, M. e Negri, A. – Multidão: guerra e democracia na era do império – 2005 - p.101

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