Quer diminuir em 42% sua chance de morrer em qualquer idade? A receita parece fácil: coma sete ou mais porções de frutas e verduras todo santo dia.
Esse é o resultado de
uma nova pesquisa feita pela University College of London (UCL), que foi
publicada no final de março no Journal of Epidemiology & Community Health.
Os pesquisadores usaram os dados da Pesquisa de Saúde da Inglaterra para investigar os hábitos nutricionais de mais de 65 mil pessoas de 2001 a 2013. Comer sete ou mais porções de vegetais reduziu os riscos de morrer por câncer em 25% e de morrer por causas cardíacas em 31%. No total, a redução do risco de morrer por qualquer causa para quem ingere essa quantidade diária de vegetais foi de 42%.
Legumes crus e folhas parecem ser ainda mais benéficos do que frutas nessa proteção. A pesquisa quantificou o peso de cada uma dessas porções na saúde das pessoas, e a correlação é direta. O efeito protetor aumenta à medida que mais porções diárias de vegetais são adicionadas ao cardápio.
O resultado da pesquisa inglesa reforça com mais destaque a recomendação nutricional do governo australiano ("Vá para 2 + 5"), ou seja, coma duas porções de frutas e cinco de verduras todos os dias.
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Os britânicos sugerem hoje cinco porções diárias (sem especificar de que) e os americanos alertam a população que, quanto mais vegetais, melhor. A investigação ainda mostra que sucos (principalmente envasados e feitos a partir de frutas congeladas) não apresentam efeito protetor.
Os pesquisadores apontam que, mesmo para quem não consegue chegar às sete porções diárias, adicionar qualquer quantidade desse tipo de alimento, em qualquer momento da vida, já traz benefícios no combate à obesidade e na promoção da saúde.
Nas últimas semanas, outro estudo de pesquisadores da Suécia (publicado no European Journal of Clinical Nutrition) mostrou que a "dieta do homem das cavernas" se tem duas vezes mais eficiente na redução do peso corporal do que as dietas convencionais. Nesse tipo de orientação nutricional, a pessoa deve comer mais frutas, verduras e carnes magras do que alimentos do tipo pães, massas, grãos (arroz) e derivados de leite. A dieta tem esse nome porque é baseada no que o homem pré-histórico comia, provavelmente, antes de ter se tornado um agricultor (há cerca de 12 mil anos).
Na pesquisa, mulheres na pós-menopausa com excesso de peso foram divididas em grupos com padrões nutricionais distintos (um seguindo uma dieta convencional, com redução do total de calorias, e o outro, com uma dieta que diminuía drasticamente massas e derivados de leite). O grupo da "dieta do homem das cavernas" reduziu seu peso, em média, em 6,2 kg no final de seis meses. O outro grupo perdeu, em média, 2,6 kg. Ao final de dois anos, a diferença entre os grupos foi menor, o que mostra que não deve ser fácil, para o ser humano do mundo contemporâneo, se alimentar como seu ancestral paleolítico.
Além disso, mudanças na dieta de forma isolada têm efeito muito menor do que quando combinadas com hábitos de vida mais saudáveis, como a incorporação de uma rotina de atividades físicas. Difícil vai ser convencer as gerações mais novas, cada vez mais plugadas e estáticas.
Os pesquisadores usaram os dados da Pesquisa de Saúde da Inglaterra para investigar os hábitos nutricionais de mais de 65 mil pessoas de 2001 a 2013. Comer sete ou mais porções de vegetais reduziu os riscos de morrer por câncer em 25% e de morrer por causas cardíacas em 31%. No total, a redução do risco de morrer por qualquer causa para quem ingere essa quantidade diária de vegetais foi de 42%.
Legumes crus e folhas parecem ser ainda mais benéficos do que frutas nessa proteção. A pesquisa quantificou o peso de cada uma dessas porções na saúde das pessoas, e a correlação é direta. O efeito protetor aumenta à medida que mais porções diárias de vegetais são adicionadas ao cardápio.
O resultado da pesquisa inglesa reforça com mais destaque a recomendação nutricional do governo australiano ("Vá para 2 + 5"), ou seja, coma duas porções de frutas e cinco de verduras todos os dias.
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Os pesquisadores apontam que, mesmo para quem não consegue chegar às sete porções diárias, adicionar qualquer quantidade desse tipo de alimento, em qualquer momento da vida, já traz benefícios no combate à obesidade e na promoção da saúde.
Nas últimas semanas, outro estudo de pesquisadores da Suécia (publicado no European Journal of Clinical Nutrition) mostrou que a "dieta do homem das cavernas" se tem duas vezes mais eficiente na redução do peso corporal do que as dietas convencionais. Nesse tipo de orientação nutricional, a pessoa deve comer mais frutas, verduras e carnes magras do que alimentos do tipo pães, massas, grãos (arroz) e derivados de leite. A dieta tem esse nome porque é baseada no que o homem pré-histórico comia, provavelmente, antes de ter se tornado um agricultor (há cerca de 12 mil anos).
Na pesquisa, mulheres na pós-menopausa com excesso de peso foram divididas em grupos com padrões nutricionais distintos (um seguindo uma dieta convencional, com redução do total de calorias, e o outro, com uma dieta que diminuía drasticamente massas e derivados de leite). O grupo da "dieta do homem das cavernas" reduziu seu peso, em média, em 6,2 kg no final de seis meses. O outro grupo perdeu, em média, 2,6 kg. Ao final de dois anos, a diferença entre os grupos foi menor, o que mostra que não deve ser fácil, para o ser humano do mundo contemporâneo, se alimentar como seu ancestral paleolítico.
Além disso, mudanças na dieta de forma isolada têm efeito muito menor do que quando combinadas com hábitos de vida mais saudáveis, como a incorporação de uma rotina de atividades físicas. Difícil vai ser convencer as gerações mais novas, cada vez mais plugadas e estáticas.
fonte: JAIRO BOUER - O Estado de S.Paulo - http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,2-5-e-a-dieta-das-cavernas,1149918,0.htm
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