Com qualidade de som e imagens sem igual, mobilidade e sinal de qualidade, a TV digital veio para ficar. A prometida interatividade ainda levará alguns anos para chegar ao sinal aberto, porém já se encontra presente no pacote digital, HD, da TV por assinatura. As três melhores novelas da TV brasileira, produzidas e transmitidas pela Globo em HD, marcam a transição para o padrão digital. Futebol, fórmula 1 e outras transmissões esportivas também são em HD. Nos divertimos fazem décadas com "A Grande Família", o melhor seriado no estilo comédia de costumes de todos os tempos. Tudo agora em alta definição, com som limpo, imagem cristalina, sem interferências. Aliás, a grande vantagem do padrão digital adotado no Brasil é o sinal.
Para poder assistir a programa em alta definição precisamos ter uma TV HD, wide. Além de que o programa precisa ter sido captado no sistema digital, sua produção deve ser adequada ao mesmo. A riqueza de detalhes é gritante em HD! De nada adianta captar um cenário tosco e figurinos colados com fita banana, pois é isso mesmo que o telespectador irá ver. Podemos perceber, em HD, detalhes que passariam desapercebidos no ‘jurássico’ padrão standard. Quem ainda não pôde se dar ao luxo de comprar um televisor de Plasma ou LCD, basta adquirir um conversor (set-top-box) e ligá-lo a sua TV analógica, eletromecânica, de tubo. Os fantasmas, ao menos, já estão com os dias contados.
A tecnologia digital está apenas em seu primeiro ano de operação, enquanto o padrão analógico (Standard Definition) tem data marcada para o final de sua vida útil. Entretanto, ninguém precisa sair correndo pra comprar a nova tecnologia, ainda cara para nós brasileiros. Por enquanto apenas 10 capitais tem emissoras com antenas transmitindo o sinal digital. Atualmente a Globo transmite o sinal digital para Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Goiânia, Curitiba, Porto Alegre, Salvador, Campinas e Cuiabá. Mais de 40 milhões de telespectadores da emissora recebem o sinal digital, em 2009 deve aumentar para 20 cidades. O prazo vai até 2016, data marcada pelo governo federal para o fim das transmissões analógicas; até lá os preços vão baixar e aparelhos mais avançados, com maior velocidade de processamento, estarão disponíveis.
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domingo, 28 de dezembro de 2008
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
WiMAX chega ao Brasil
Com a regulamentação da faixa de 3,5 GHz pela Anatel, que está em consulta pública até o dia 5 de janeiro de 2009, está dada a largada para a tecnologia WiMAX ganhar o Brasil. WiMAX é o padrão de conexão IEEE 802.16, completado em 2001 e publicado em 8 de abril de 2002. É uma interface de rede sem fio para cidades (WMAN). WiMAX é a sigla do inglês Worldwide Interoperability for Microwave Access, traduzindo, Interoperabilidade Mundial para Acesso de Micro-ondas. Quem batizou o IEEE 802.16 de WiMAX foi um grupo de indústrias conhecido como WiMAX, que promoveu semana passada, aqui no Rio, o congresso latino-americano do WiMAX Forum. Fórum cujo objetivo é promover a compatibilidade e inter-operabilidade entre equipamentos baseados neste padrão. O WiMAX é similar ao popular Wi-Fi (IEEE 802.11) que usamos em casa, porém dispõe de recursos mais avançados para melhorar as comunicações sem fio que o utilizam. O WiMAX vem para modernizar e dar mais velocidade a infra-estrutura de conexão em banda larga, oferecendo conexão para uso doméstico, empresarial e hotspots. Simplificando, o WiMAX é a evolução do atual padrão Wi-Fi, tecnologia para acesso a internet sem fios.
Wi-Fi vem de Wireless Fidelity, é a tecnologia que também chamados de hotspots, pontos de acesso a web, sem fio, comuns nas grandes cidades e em aeroportos. As empresas de telefonia também oferecem conexões sem fio Wi-Fi e os preços das tarifas vem se tornando mais acessíveis. "Brasil Telecom", "Claro", "TIM", "Vivo", e outras empresas de telefonia, já anunciaram planos para usar o WiMAX em nosso país. Juntamente com a tecnologia 3G, que é a terceira geração de celulares e dispõe de banda larga com velocidades de até 15 Mbps. O WiMAX vem para agilizar as taxas de tranferência, de upload e download, nos aparelhos de telefonia móvel, permitindo carregamento de áudio e vídeo em tempo real. A transmissão do sinal WiMAX é como a de um telefone celular. Um torre central envia o sinal para várias outras torres espalhadas e, estas, multiplicam o sinal para chegar aos aparelhos. Não teremos que nos preocupara mais em encontrar os hotspots, pois o sinal estará em toda parte, junto com o do telefone. É conexão, de qualidade, garantida. Esta tecnologia vai permitir que as empresas de telefonia móvel concorram com o sinal aberto da TV Digital, pois poderão disponibilizar programas de TV para serem vistos online.
Já estão surgindo os primeiros modelos de telefones celulares que captam o sinal de televisão digital, como o modelo da "Sansung" mostrado na postagem do dia 27/11/2008. O sinal da TV digital brasileira, o ISDB-T permite que usuários em movimento assistam televisão no celular, sem interferências, sendo que para isso o celular precisa ter uma placa de TV integrada. Com o WiMax, as empresas prestadoras de serviços de telefonia móvel também poderam emitir o seu 'sinal de TV' pois o sinal alcança um raio de até 50 km e velocidades de até 75 Mbps. Com o Wi-Fi isso não era possível, porque seu alcance é limitado a 100m e as velocidades médias ficam em torno de apenas 11 Mbps. O WiMAX permite que um aparelho de celular receba streaming de áudio e vídeo, reproduzindo os arquivos de áudio e vídeo recebidos, em tempo real. Poderemos, por exemplo, ouvir a uma rádio web ou assitir a um programa de TV, ao vivo, no celular. Vai ser muito legal poder assistir a todo conteúdo, on-demand, disponível no site da globo.com, tudo direto na telinha do telefone celular. Ótima notícia para nós fãs de TV, rádio e entretenimento digital.
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domingo, 7 de dezembro de 2008
Pelo Mundo: Crise econômica de 2008
A crise econômica de 2008-2011, também chamada de Grande Recessão,[1] é um desdobramento da crise financeira internacional precipitada pela falência do tradicional banco de investimento estadunidense Lehman Brothers, fundado em 1850. Em efeito dominó, outras grandes instituições financeiras quebraram, no processo também conhecido como "crise dos subprimes".
Alguns economistas, no entanto, consideram que a crise dos subprimes tem sua causa primeira no estouro da "bolha da Internet" (em inglês, dot-com bubble), em 2001, quando o índice Nasdaq (que mede a variação de preço das ações de empresas de informática e telecomunicações) despencou.[2]
De todo modo, a quebra do Lehman Brothers foi seguida, no espaço de poucos dias, pela falência técnica da maior empresa seguradora dos Estados Unidos da América, a American International Group (AIG).
O governo norte-americano, que se recusara a oferecer garantias para que o banco inglês Barclays adquirisse o controle do cambaleante Lehman Brothers,[3] alarmado com o efeito sistêmico que a falência dessa tradicional e poderosa instituição financeira - abandonada às "soluções de mercado" - provocou nos mercados financeiros mundiais, resolveu, em vinte e quatro horas, injetar oitenta e cinco bilhões de dólares de dinheiro público na AIG para salvar suas operações. Mas, em poucas semanas, a crise norte-americana já atravessava o Atlântico: a Islândia estatizou o segundo maior banco do país, que passava por sérias dificuldades.[4]
As mais importantes instituições financeiras do mundo, Citigroup e Merrill Lynch, nos Estados Unidos; Northern Rock, no Reino Unido; Swiss Re e UBS, na Suíça; Société Générale, na França declararam ter tido perdas colossais em seus balanços, o que agravou ainda mais o clima de desconfiança, que se generalizou. No Brasil, as empresas Sadia,[5] Aracruz Celulose[6] e Votorantim[7] anunciaram perdas bilionárias.
Para evitar colapso, o governo norte-americano reestatizou as agências de crédito imobiliário Fannie Mae e Freddie Mac, privatizadas em 1968,[8] que agora ficarão sob o controle do governo por tempo indeterminado.
Em outubro de 2008, a Alemanha, a França, a Áustria, os Países Baixos e a Itália anunciaram pacotes que somam 1,17 trilhão de euros (US$ 1,58 trilhão /≈R$ 2,76 trilhões) em ajuda ao seus sistemas financeiros. O PIB da Zona do Euro teve uma queda de 1,5% no quarto trimestre de 2008, em relação ao trimestre anterior, a maior contração da história da economia da zona.[9]
- ↑ *Wessel, David. "Did 'Great Recession' Live Up to the Name?", The Wall Street Journal, 2010-04-08.
- Evans-Pritchard, Ambrose. "IMF fears 'social explosion' from world jobs crisis", The Daily Telegraph, 2010-09-13.
- Zuckerman, Mortimer. "Why the jobs situation is worse than it looks", US News, 2011-06-20.
- ↑ Segundo Paul Krugman, "para combater a recessão, o Fed precisa de mais do que uma recuperação rápida; precisa aumentar dramaticamente as despesas das famílias para compensar o moribundo investimento das empresas. E, para fazer isso, como Paul McCulley da Pimco coloca, Alan Greenspan precisa criar uma bolha imobiliária para substituir a bolha do Nasdaq. Paul Krugman em The New York Times, 2 de agosto de 2002. Dubya's Double Dip?. "Dubya" é um dos apelidos do ex-presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, derivado da pronúncia texana da letra W: "dubya". Double diprefere-se ao padrão da curva de evolução do PIB, em que uma recessão é seguida de uma curta recuperação e de nova recessão.
- ↑ Lehman CEO Fuld: Where Was Our Bailout?, Agência REUTERS, 6 de outubro de 2008, 15:57 ET
- ↑ FRANCE-PRESSE, Islândia nacionaliza segundo maior banco do país., 7 de outubro de 2008, 09:21
- ↑ a b Ações da Sadia despencam quase 30% com perdas milionárias, Folha Online, 26 de setembro de 2008, 11h21
- ↑ a b BIANCONI, Cesar. Aracruz: perdas poderiam ser de R$ 1,95 bi em setembro. São Paulo: Agência Estado, 3 de outubro de 2008, 07h48
- ↑ a b Votorantim admite perdas de R$ 2,2 bi com operações de câmbio. São Paulo, Folha Online, 10 de outubro de 2008, 12h51
- ↑ Governo americano assume o controle da Fannie Mae e Freddie Mac. O Globo, Valor Online, 8 de setembro de 2008, 8:19
- ↑ [1]
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