O Diário Oficial da União de 6 de janeiro publicou as portarias interministeriais 1.007 e 1.008, envolvendo os ministérios de Minas e Energia (MME), Ciência e Tecnologia e Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, determinando o ano de 2016 como prazo limite para a utilização de lâmpadas incandescentes no País, exceto para algumas poucas aplicações específicas.
Assim, as lâmpadas incandescentes poderão juntar-se a uma lista de produtos que o corporativismo deseja restringir a produção e uso em nome do lucro, por motivos meramente políticos, que na realidade nada tem a ver com fatos científicos.
Dois casos emblemáticos foram o DDT, ainda hoje o mais barato e eficiente pesticida conhecido, e os clorofluorcarbonos (CFCs), que abriram ao mundo os benefícios da refrigeração em massa. Em ambos os casos, por se tratar de produtos de custo de produção extremamente baixo e cujas patentes já eram de domínio público para introduzir no mercado novos produtos substitutos, devidamente protegidos por patentes e muito mais caros.
Uma história semelhante parece repetir-se com as lâmpadas criadas por Thomas A. Edison há 130 anos. Na origem da campanha contra as incandescentes, está uma aliança de oportunidade entre 'ambientalistas' de colarinho branco e a indústria de lâmpadas, como revelou o jornalista holandês Syp Wynia, na edição de 8 de agosto de 2009 da revista semanal Elsevier. Vide: http://www.elsevier.nl/
Segundo Wynia, uma grande empresa do setor está engajada em desenvolver o mercado de lâmpadas fluorescentes e LEDs. Como as incandescentes têm custos de fabricação extremamente baixos, a multinacional holandesa considera muito mais interessante comercialmente promover as lâmpadas fluorescentes e as LEDs, que podem custar até dez vezes mais.
Estes lobistas; que usam como massa de manobra pessoas bem intencionadas, que desejam preservar o meio-ambiente mas na verdade pouco entendem ou nada sabem cientificamente, utilizam um discurso catastrofista sobre as mudanças climáticas, argumentando uma suposta ineficiência energética das lâmpadas incandescentes – que, ao consumir mais energia que as fluorescentes e LEDs, estariam promovendo um maior consumo de combustíveis fósseis e contribuindo decisivamente para as emissões de gases de efeito estufa.
Assim o loby da indústria de lâmpadas vai manipulando ONGs a deflagrarem uma vultosa campanha internacional contra as lâmpadas incandescentes. Até o Greenpeace aderiu, iniciando uma campanha intitulada “Salvem a Terra, proíbam as incandescentes”. Esta campanha já resultou na aprovação de uma lei pelo Parlamento holandês, que determina a retirada das lâmpadas incandescentes do mercado daquele país até 2012.
Aprovado o banimento na Holanda, a então ministra do Meio Ambiente do país, Jacqueline Cramer, passou a fazer um ativo lobby junto aos seus pares da União Européia, no sentido de estender a medida ao bloco. A tarefa foi facilitada pela grande repercussão obtida pela divulgação do quarto relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) e pelo documentário premiado de Al Gore - que está bilionário graças ao ativismo verde - "Uma Verdade Inconveniente". Em menos de um ano, a UE determinou o banimento de lâmpadas incandescentes de 100 ou mais watts, a partir de 2009, e um banimento completo até setembro de 2012.
Ainda segundo Wynia, a Philips financiou ativamente a campanha ambientalista contra as incandescentes, proporcionando generosas verbas a ONGs como o Greenpeace e outras. A multinacional também patrocinou palestras de Al Gore na Holanda, para “conscientizar” a população local da necessidade de se abolir as incandescentes.
Por outro lado, o banimento das incandescentes pode acarretar uma série de problemas para os consumidores dos países que adotarem a medida. Para começar, as fluorescentes e LEDs são bem mais caras. Na loja online da rede Pão de Açúcar, uma incandescente Philips de 100 W custa R$ 2,85, enquanto uma fluorescente de 20 W (equivalente a uma fluorescente de 75 W) da mesma marca custa R$ 14,73.
Além disso, ao contrário do que comumente se afirma, as fluorescentes não representam uma grande economia de energia e durabilidade, exceto nos casos de uso continuado por longos períodos, típicos de instalações comerciais e industriais, repartições públicas, escolas, etc. Se submetidas a constantes operações liga-desliga, comuns nas residências, a sua vida útil pode reduzir-se quase à das incandescentes.
Some-se a isso o fato de que as fluorescentes registram um maior consumo de energia quando são ligadas do que ao longo do seu funcionamento, de modo que operações liga-desliga constantes podem resultar num consumo de energia equivalente ou maior que o das incandescentes.
Ademais, as CFL (da sigla em inglês para Lâmpada Fluorescente Compacta) possuem metais tóxicos em sua composição, como o mercúrio, que podem ser liberados no ambiente em casos de quebra ou disposição inadequada após o seu descarte. Igualmente, como a sua luz é emitida em pulsos, ao contrário das incandescentes, elas podem afetar pessoas sensíveis a constantes variações de iluminação, podendo inclusive desencadear convulsões em portadores de epilepsia.
Portanto, assim como ocorreu com o DDT e os CFCs, não há quaisquer motivos para se promover tal substituição de padrão tecnológico, exceto os mencionados anteriormente. Felizmente, o banimento das incandescentes tem suscitado um intenso debate em países europeus, onde a população tem mostrado uma grande resistência à mudança. Na própria Holanda, até mesmo alguns dos políticos que apoiaram a abolição mudaram de posição, como a porta-voz para assuntos ambientais do Partido Democrata Cristão (CDA), Liesbeth Spies. Para ela, a economia de energia resultante da substituição das incandescentes pelas fluorescentes é muito relativa, e que o banimento é uma proposta absurda.
O caso mais interessante de resistência ao banimento é o da Nova Zelândia. O país, que chegou a se comprometer em abolir as incandescentes em 2007, foi o único caso no mundo até o momento a voltar atrás de tal medida. A decisão de declinar de tal compromisso foi tomada em dezembro de 2008, após as eleições que elegeram o novo primeiro-ministro John Key. São oportunas as palavras do atual ministro de Desenvolvimento Econômico, Energia e Recursos Naturais do país, Gerry Brownlee, que, perguntado sobre porque havia declinado de banir as incandescentes, afirmou: "Há um grande número de excelentes razões pelas quais não nos mobilizaremos para banir as lâmpadas incandescentes.
A primeira é que o governo acredita que essa que a escolha não é compulsória, que a capacidade dos indivíduos de tomar as suas próprias decisões sobre que tipo de vida desejam ter, e que contribuição queremos dar com relação às mudanças climáticas, é muito melhor do que um pequeno Estado ditando o que devem ou não fazer." Vide: http://www.parliament.nz/
Oxalá, os legisladores e cidadãos brasileiros em geral demonstrem uma lucidez semelhante e se mobilizem para impedir mais essa tramóia disfarçada de "verde". Além de prejudicar a iluminação esteticamente, a luz-fria traz embutida venenos altamente nocivos à saúde humana. Se o problema é energético deve-se primeiro pensar em fontes de energia limpa para produção de eletricidade e não na substituição compulsória das lâmpadas incandescentes. Thomas A. Edison deve estar se revirando na sepultura com tamanho disparate.
Faça suas pesquisas na internet, estude, reúna material e reflita. Se você concluir que o conteúdo desta carta, que vem sendo amplamente divulgada na web é verdadeiro, passe este alerta adiante ou submeta-se a ter que colocar um tubo de veneno de luz fria e pulsante no teto da sua sala. Quando as lâmpadas forem para o lixo vão liberar metais pesados como o mercúrio no meio-ambiente causando mais danos que a queima de combustível fóssil. Outro fator a ser pensado e analisado é que lâmpadas fluorescentes atraem muito mais insetos que lâmpadas incandescentes e em tempos de dengue ninguém quer uma nuvem de mosquitos dentro da sala. Xô sanguessugas!
Referência bibliográfica: internet: texto editado a partir de artigo de autoria de Leandro Batista para o Jornal do MSIA - Movimento de Solidariedade Ibero-Americana - 1a. quinzena de janeiro de 2011 - Vol XVII, no. 15.
Um comentário:
Aposto que a energia consumida para se fabricar uma lâmpada florescente (circuito eletrônico, fabricação de gás e etc) é bem maior que a fabricação de incandescente (filamento, vidro e vácuo). Mais verde que isso é difícil.
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