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segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Índio não é genérico, cada tribo tem seus costumes, crenças e culturas





As 5 ideias mais equivocadas sobre os índios no Brasil desmistificadas pelo professor e historiador José Ribamar Bessa Freire

1. O índio não é “genérico”. Cada tribo tem seus costumes, crenças e culturas. São 200 etnias que falam 188 línguas diferentes. 

2. As culturas indígenas não são atrasadas Os povos indígenas produzem saberes, ciências, arte refinada, literatura, poesia, música e religião. 

3. As culturas indígenas não são congeladas Pensar que todo índio deveria andar nu ou de tanga é um equívoco tão grande que quando vemos o contrário tem gente acha estranho. 

4. Os índios não fazem parte apenas do passado Como mostramos aqui, eles estão aí defendendo sua cultura. Também é errado pensar que a cultura deles é contrária à evolução e a tudo que é moderno. 

5. O brasileiro é índio sim! Muitos tem a ideia de que o povo brasileiro foi só formado por nações européias e africanas. Na verdade, a origem vem de todos, mas o brasileiro tende a se identificar com a origem européia que foi a principal colonizadora. 

Quer ler o estudo na íntegra? Então clique aqui: http://bit.ly/EquivocosIndigenas 

Por um Brasil consciente, inteligente e solidário!!! 

originalmente publicado em Projeto Gota D'Água, com Susana Martin Gallardo e Andréa Brito.

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quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Consciência Negra: e a comunicação com isso?

Enfrentamento ao racismo e consciência negra: e a comunicação com isso? por Intervozes — publicado 19/11/2013 13:35, última modificação 19/11/2013



"Em pleno século XXI, o racismo midiático elabora e reforça os preconceitos, legitimando a invisibilidade, a inferiorização e a estigmatização da população negra nos meios de comunicação de massa. *Por Cecília Bizerra Sousa

Hoje é véspera do 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra. Dia em que Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares, que foi perseguido e morto, no ano de 1695.

Embora a data venha sendo lembrada há tempos pelo Movimento Negro, apenas em 2003 foi reconhecida oficialmente pelo Estado brasileiro, por meio da Lei n°10.639, que inclui a data no calendário escolar nacional. E só em 2011 a presidente Dilma Rousseff sancionou a Lei n° 12.519, que cria oficialmente a data, sem obrigatoriedade de feriado. Mesmo assim, um total de 1.047 municípios já decretou feriado para o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra.

Para além da reflexão sobre a contribuição que a população negra teve e tem na construção da sociedade, da economia e da cultura brasileiras, a data serve também para lembrar que a desigualdade racial é estruturante na formação da nossa sociedade, e que o desenvolvimento de políticas de enfrentamento ao racismo e de promoção da igualdade racial são primordiais.

E o que isso tem a ver com comunicação? Muita coisa. Porque, se consciência negra tem a ver com enfrentamento ao racismo, e o racismo é frequentemente produzido e reproduzido pelos discursos midiáticos, não há como enfrentá-lo sem também reconhecer a necessidade de mudanças na comunicação de massa no Brasil, tradicionalmente branca, concentrada, de natureza familiar e elitista.

Como se não bastasse o histórico de escravização, que tem notórios reflexos sobre a situação de inferioridade socioeconômica e cultural em que a população negra brasileira se encontra hoje, esta população ainda luta, em pleno século XXI, contra o racismo midiático, que elabora e reforça os preconceitos.

Este racismo velado (ou não) atua com primazia para reforçar a invisibilidade, a inferiorização e a estigmatização da população negra brasileira nos meios de comunicação. A negação da existência do racismo, que contribui para a sua reprodução, também faz parte da forma de atuação desta grande mídia.

Em sua história de lutas, o Movimento Negro Brasileiro conquistou grandes avanços institucionais, como as políticas de ação afirmativa para a inclusão de negros e negras nas universidades e a criação Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, um órgão com status de ministério que, entre outras coisas, atua na formulação, coordenação e articulação de políticas e diretrizes para a promoção da igualdade racial.

Por outro lado, não é fácil esses avanços e políticas se consolidarem se, no cenário midiático, o racismo é negado; negros e negras representam papéis subalternos nos enredos; programas evangélicos demonizam as religiões de matriz africana; a publicidade vende como nunca a mulher negra; revistas e comerciais exaltam o padrão de beleza eurocêntrico e vendem a família branca, urbana e de classe média como ideal de felicidade.

Não à toa, diversas propostas de legislação e políticas públicas vêm surgindo como fruto do aprofundamento dos debates envolvendo a questão racial e a comunicação. O Estatuto da Igualdade Racial conta com um capítulo sobre Comunicação Social.

As três edições da Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Conapir) e a 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom) aprovaram resoluções que recomendam políticas públicas de comunicação voltadas para o combate ao racismo e a promoção da igualdade racial.

Destaca-se também a presença de artigos contemplando a questão racial no Projeto de Lei de Iniciativa Popular da Mídia Democrática, formulado pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação em conjunto com diversas outras entidades da sociedade civil, diversas diretamente ligadas à pauta racial.

A democratização da comunicação é, portanto, questão estratégica e fundamental para o enfrentamento ao racismo e a consolidação das políticas de promoção da igualdade racial no Brasil.

Continua urgente uma regulação que coíba o racismo de fato na mídia, que reavalie a manutenção de concessões de rádio e TV que praticam o racismo em sua programação, que garanta o direito à diversidade étnica na mídia e a uma formação que incorpore o debate sobre a questão racial nos cursos de Comunicação Social.

Sem uma mídia que se comprometa com a afirmação da diversidade da população brasileira e com o caráter público da comunicação, a negação do racismo, a inferiorização, estigmatização e invisibilidade da população negra continuarão presentes na pauta, nas linhas, imagens e discursos da mídia brasileira."

*Cecília Bizerra Sousa é jornalista, mestranda do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade de Brasília, militante do Movimento Negro e integrante do Intervozes.


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