Vítima de infecção pulmonar, o filósofo morreu em 25 de agosto de 1900, incógnito, deixando uma vasta e profunda obra, sem ser ouvido e muito menos compreendido por sua época. No entanto, tivera sua obra consagrada ao longo do século XX.
Hoje ele tem o privilegio de ser citado entre os nomes dos mais importantes pensadores da história da humanidade.
Nietzsche começou sua carreira como filólogo clássico antes de se voltar para a filosofia. Decidiu que escreveria filosofia depois de deparar-se com a monumental obra de Arthur Schopenhauer, um momento decisivo em sua vida, o momento no qual Nietzsche encontrara seu educador, segundo ele, o filósofo modelo.
“Se tentar descrever o acontecimento que foi para mim o primeiro olhar lançado sobre os escritos de Schopenhauer, devo primeiramente me deter a uma idéia que me perseguia em minha juventude, mais frequente e mais opressora que qualquer outra. Quando há pouco me comprazia em formular desejos, imaginava que o terrível esforço, o temível dever de ter de me ocupar de minha própria educação me seria poupado pelo destino, porque encontraria no devido tempo um filósofo que fosse meu educador, um verdadeiro filósofo que pudesse seguir sem hesitar, uma vez que poria nele mais confiança que em mim mesmo.”
— Nietzsche, in Schopenhauer O Educador, pág. 21.
Não obstante, anos depois, Nietzsche se voltou contra a filosofia de Schopenhauer. Não poderia ser diferente, visto que para Nietzsche “mal se recompensa um mestre, se dele ficarmos sempre discípulos”:
“(...) Vós me venerais! Mas que acontecerá se um dia vossa veneração desaparecer? Tomai cuidado para que uma estátua não vos esmague! Dizeis que acredita em Zaratustra, mas que importa Zaratustra? Vós sóis meus fiéis, mas que importam todos os fiéis? Vós ainda não vos havíeis procurado quando me encontrastes. Assim fazem todos os fiéis. Por isso é que toda fé é tão pouca coisa.”
— Nietzsche, in Assim Falava Zaratustra.
Texto de Fracisco Wiederwild
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