Pode haver sangue no celular que você ou eu carregamos no bolso. Até 5 milhões de pessoas morreram em conflitos desencadeados pela extração de metais na África - usados na fabricação de celulares e computadores. A forma como essas riquezas são exploradas, à base do trabalho escravo e de uma administração corrupta, acaba colaborando para um mergulho ainda mais profundo na miséria extrema, além de incentivar e financiar crimes.
Assim como as joias, produtos eletrônicos como celulares e computadores também participam de guerra semelhante, já que contam com metais - como o tungstênio, por exemplo - para sua fabricação. Muita gente prega que quem alimenta o crime é o viciado em drogas, e o viciado em consumo fica em qual degrau desta pirâmide maldita? Pessoas estão sendo compulsóriamente arrebanhadas ao trabalho escravo, e mortas, para que tenhamos um computador ou telefone celular, você acha justo? Vamos ficar atentos!
Um estudo recente da ONG Global Witness, intitulado Faced with a Gun, What Can You Do? levanta suspeitas sobre o envolvimento de 240 empresas na ligação entre as indústrias de mineração, metalurgia e tecnologia. A instituição apontou grandes empresas europeias e asiáticas como corrompidas e outras várias como suspeitas por não esclarecer ao consumidor sobre seus fornecedores.
Quando foi lançado o filme Blood Diamond (Diamantes de Sangue) em 2006, as pessoas começaram a se dar conta da origem das pedras preciosas relacionadas com áreas de conflito sangrento e notaram que as jóias em seus dedos podem ter custado vidas humanas. Será que os consumidores agora podem fazer as mesmas perguntas com relação aos seus telefones celulares e computadores?
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