Representação artística de mineração espacial. Crédito/Imagem: spacefactor.com |
O autor Brian Caulfield especula que este grupo se uniu para minerar asteróides, procurando metais preciosos, que são essenciais para a eletrônica que passou a dominar o nosso mundo. A NASA já demonstrou capacidade em pousar uma sonda num asteróide.
Juntamente com a busca de metais preciosos, existe uma enorme preocupação sobre como podemos atender a incrível demanda de energia proveniente dos EUA, Europa e China, com a Rússia, a Índia, o Brasil e outros que não estão muito atrás. Estamos obviamente preocupados em fazê-lo de uma maneira limpa e amigável à Terra. Foi cientificamente demonstrado que a queima de carvão, gás e vários combustíveis fósseis são uma armadilha de calor para a atmosfera terrestre. A energia nuclear na sua forma atual, num processo chamado fissão, produz subprodutos radioativos nocivos que se tornam cada vez mais difíceis de armazenar. Recursos alternativos, como o solar e eólico, são promissores, mas são difíceis de implementar em uma escala global. O espaço pode muito bem conter a chave para o futuro da energia limpa na Terra.
Você pode ou não ter ouvido falar de Hélio-3. Hélio-3 é um gás que é encontrado em quantidades minúsculas na Terra. O Hélio-3 é emitido regularmente pelo sol, mas é ele é incapaz de atravessar nossa atmosfera para a Terra. A Lua não tem uma atmosfera, e tem absorvido Hélio-3 em sua superfície por bilhões de anos. Há uma quantidade insondável de Hélio-3 na Lua. A razão pela qual o Hélio-3 é tão importante é que os cientistas acreditam que é o ingrediente chave de uma reação (fusão) nuclear, o que proporcionaria energia sensacionalmente eficiente na Terra, com praticamente nenhum desperdício ou radiação.
Os cientistas acreditam que existe mais de 1 milhão de toneladas métricas (1 tonelada é igual a 1.000 kg) de Hélio-3 armazenado logo nos primeiros metros da superfície das Luas. É especulado que ao aquecer o solo da Lua a 600 graus Fahrenheit (315ºC), o Hélio-3 pode ser extraído e trazido de volta à Terra. A teoria é que apenas 25 toneladas de Hélio-3 seriam capazes de produzir energia suficiente para alimentar todos os Estados Unidos por um ano inteiro. Isso equivale a mais de 40.000 anos de energia para os EUA. Isso representa também um valor econômico de 3 bilhões de dólares por tonelada. Os EUA não são o único país a tentar obter uma fatia dessa ação. Rússia e China já anunciaram planos para estabelecer bases na Lua na próxima década. Índia, Japão e Alemanha mostraram interesse semelhante.
A idéia de um grupo, de alguns dos seres humanos mais bem sucedidos, que sempre vivem em busca de iniciar uma joint venture com os recursos da mina do espaço deve chamar atenção. A especulação é que eles estão focados em asteróides, mas eles também poderiam estar olhando para a Lua? Quem não estaria interessado em, no que poderia ascender a mais de US$ 3.000.000.000.000.000,00. São 3 quatriliões de dólares orbitando a Terra. Apenas o tempo dirá, mas espera-se ver a mineração espacial começando nos próximos15 anos.
Este tópico traz algumas perguntas inacreditáveis para as quais ninguém parece ter uma resposta clara. O que pode ser afetado e qual efeito pode ter a remoção de Hélio-3 e outros metais na Lua e em outros corpos celestes? Podemos alterar negativamente seu comportamento e sua órbita para sempre? Quem na Terra pode reivindicar legalmente a superfície das Luas como suas? O primeiro a chegar, será o primeiro a se servir? Quando falamos trilhões e trilhões de dólares, haverá ganância. Qual órgão vai fiscalizar todos esses procedimentos? As Nações Unidas? Podemos esperar argumentações de advogados da Lua e da advocacia lunar?
Estamos entrando em uma hora diferente de qualquer outra na história da Via Láctea. Podemos assim esperar ver debates, decisões e ações diferentes de qualquer outras.
Fonte: Mike Awada/ASTOUNDE (tradução livre)
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