Esboço de Carl Ransom Rogers* |
Não contente com as posições reducionistas, mecanicistas e diretivistas da Psicanálise e do Behaviorismo de Skinner, Rogers funda sua abordagem em uma recusa em identificar a pessoa em terapia como paciente ou doente, como traziam as duas primeiras na época, e aponta a importância da relação da pessoa e do terapeuta, que são iguais e não possuem posição de hierarquia.
Carl Rogers deixou um grande legado à humanidade, em rica e vasta obra... segue abaixo apenas uma pequena síntese de seu trabalho, através de algumas das suas frases e pensamentos mais célebres:
“Não podemos mudar, não podemos nos afastar do que somos, enquanto não aceitarmos profundamente o que somos”
“Sob a perspectiva da politica, poder e controle, a terapia centrada-na-pessoa baseia-se em uma premissa que a princípio pareceu arriscada e incerta: uma visão do homem como sendo, em essência, um organismo digno de confiança”
“Estarei vivendo de uma maneira que é profundamente satisfatória para mim e que me expressa verdadeiramente?” Esta talvez seja a pergunta mais importante para o indivíduo criativo. ”
“A vida, no que tem de melhor, é um processo que flui, que se altera e onde nada está paralisado”
“Ser empático é ver o mundo com os olhos do outro e não ver o nosso mundo refletido nos olhos dele”
“Todo individuo existe num mundo de experiências em constante mutação, do qual ele é o centro”
”A única coisa que se aprende e realmente faz diferença no comportamento da pessoa que aprende, é a descoberta de si mesma”
“Minha confiança é no processo pelo qual a verdade é descoberta, alcançada e aproximada. Não é uma confiança na verdade já conhecida e formulada”
“Um dos princípios fundamentais que levei muito tempo para reconhecer e que ainda continuo a aprofundar é a descoberta de que, quando sinto que uma atividade é boa e que vale a pena prossegui-la, devo prossegui-la. Em outras palavras, aprendi que a minha apreciação “organísmica” total de uma situação é mais digna de confiança do que o meu intelecto. Durante toda a minha vida profissional fui levado a seguir direções que pareciam ridículas aos outros e sobre as quais eu mesmo tinha muitas dúvidas. Mas nunca lamentei seguir as direções que eu “sentia serem boas”, mesmo se freqüentemente experimentasse por algum tempo uma sensação de isolamento ou de ridículo”
“Abaixo do nível da situação-problema sobre a qual o indivíduo está se queixando atrás do problema com os estudos, ou esposa, ou patrão, ou com seu próprio comportamento incontrolável ou bizarro, ou com seus sentimentos assustadores, se encontra uma busca central. Parece-me que no fundo cada pessoa está perguntando: “Quem sou eu, realmente? Como posso entrar em contato com este eu real, subjacente a todo o meu comportamento superficial? Como posso me tomar eu mesmo?”
“O ‘conhecimento’, tal como estamos habituados a concebê-lo, pode ser ensinado de uma pessoa para outra desde que ambas tenham motivação e capacidade adequadas. A aprendizagem significativa que ocorre na terapia, porém, ninguém pode ensiná-la seja a quem for. O ensino destruiria a aprendizagem. Eu poderia ensinar a um cliente que, para ele, é seguro ser ele próprio, que realizar livremente seus sentimentos não é perigoso, etc. Quanto mais lhe ensinasse isto, menos ele aprenderia de uma forma significativa, experiencial e auto-apropriante”
“No âmbito psicológico, qualquer explicação do tipo estimulo-resposta simples para o comportamento parece quase impossível. Uma jovem mulher fala durante uma hora sobre seu antagonismo com a mãe. Ela descobre, depois disso, que uma condição asmática persistente, que nem sequer havia mencionado para o orientador, teve uma grande melhora. Por outro lado, um homem que sente sua segurança no trabalho seriamente ameaçada desenvolve úlcera. É extremamente complicado tentar explicar esses fenômenos com base numa cadeia atomística de eventos. O fato evidente a ser levado em conta, a nível teórico, é que o organismo, em todos os momentos, é um sistema organizado total, no qual a alteração de uma das partes pode produzir modificações em qualquer outra”
“Na realidade, é a pessoa que nega os seus sentimentos e as suas reações que procura tratamento. Essa pessoa tentou durante muitos anos modificar-se, mas encontrou-se fixada em comportamentos que lhe desagradam. Foi apenas ao tornar-se mais o que é, que pôde ser mais o que em si mesma negara e encarar assim qualquer mudança”
“O melhor ângulo para a compreensão do comportamento humano é a partir do quadro de referências internas da própria pessoa. Quando isto é feito, os comportamentos estranhos e sem sentido são vistos como sendo parte de uma atividade significativa e dirigida para um objetivo”
“O que estivemos fazendo durante a maior parte do tempo em psicologia pode ser equiparado aos primeiros estudos de sociedades primitivas. O observador relatava que esses povos primitivos comiam várias comidas ridículas, realizavam cerimônias fantásticas e sem sentido e comportavam-se de uma maneira que combinava virtude e depravação. O que ele não via era que estava observando a partir de sua própria estrutura de referência e colocando seus próprios valores nos modos de comportamento deles. Fazemos a mesma coisa em psicologia quando falamos em “comportamento de tentativa e erro”, “delírios”, “comportamento anormal” e assim por diante. Não percebemos que estamos avaliando a pessoa a partir da nossa estrutura de referência, ou de alguma outra razoavelmente generalizada, mas que a única maneira significativa de compreender seu comportamento é compreendê-lo da forma como a pessoa o percebe, assim como a única maneira de compreender uma outra cultura é assumir a estrutura de referência dessa cultura”
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Fonte: Com informações de Wikipédia e coletânea de frases disponibilizadas na web - Imagem: *Esboço de Carl Ransom Rogers - Carl Rogers definiu o conceito de auto-imagem (ou autoconceito) como o conjunto de todos os pensamentos, idéias e julgamentos que você tem sobre si mesmo. (Wikimedia Commons)
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