Pesquisadores, da Universidade britânica de Southampton, realizaram um estudo com base no acompanhamento de mais de um milhão de quilômetros quadrados de território antártico e, concluiram que o nível do mar está 2 centímetros mais alto na Antártida do que a média de 6 centímetros observados no resto o planeta.
O estudo foi publicado pela revista "Nature Geoscience"
via EL UNIVERSAL (reprodução sin permisso)
segunda-feira 1 de setembro de 2014 10:06
PARIS: A observação da Antártica nas últimas duas décadas, revela que as geleiras causaram um aumento do nível do mar, nas costas do Continente Gelado, 2 centímetros mais alto do que no resto do planeta, de acordo com um estudo divulgado pela AFP.
Pesquisadores da Universidade britânica de Southampton conduziram o estudo, publicado domingo pela "Nature Geoscience", baseado no monitoramento de mais de um milhão de quilômetros quadrados de território antártico, a partir de satélites de observação da Terra, nos últimos 19 anos.
Os cientistas advertiram que o aumento do nível do mar é 2 centímetros mais alto na Antártida do que a média de 6 centímetros observada no resto do planeta.
A pesquisa foi conduzida em estreita colaboração com pesquisadores do Centro Nacional de Oceanográfico, e Observatório Antártico Britânico.
O derretimento da camada de gelo da Antártida, e do gelo flutuante, ajudou a formar um excesso de 350 gigatoneladas de água doce nos oceanos adjacentes. Isto levou a uma redução da salinidade, verificada nas medições de navios que navegam na região.
"A água doce é menos densa que a salgada e, portanto, em regiões onde há um excesso de água doce é esperado um aumento no nível do mar", disse Craig Rye, que lidera a equipe de pesquisa, em um comunicado.
Além das observações de satélites, os cientistas realizaram simulações de computador sobre o efeito do derretimento de geleiras no Oceano Antártico.
Os resultados da simulação refletem com precisão o que é observado em imagens reais fornecidas por satélites.
"O modelo de computador confirma a nossa teoria, de que o nível do mar que observamos nos dados coletados pelo satélite, são quase inteiramente resultado de uma dessalinização, resultante da fusão do gelo", disse Craig.
De acordo com o especialista, "a interação entre o ar, mar e gelo, nestes mares, é um fator determinante para a estabilidade da casca polar antártica de gelo, e, do nível do mar, bem como outros processos ambientais, tais como a geração de águas profundas da Antártida, que esfriam e renovam uma boa parte das profundezas oceânicas do planeta".
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