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terça-feira, 18 de dezembro de 2018

A evolução humana não acabou, diz especialista americana




A evolução é um tópico complicado   (Shutterstoc)
A evolução humana “definitivamente não” acabou, diz especialista - Live Science*

A evolução humana acabou?

Essa é a questão feita por Briana Pobiner, uma antropóloga do Museu Nacional de História Natural Smithsonian, nos Estados Unidos, em 17 de maio de 2014.

Os seres humanos estão evoluindo em um ritmo crescente, graças aos avanços da medicina e uma grande população, Pobiner diz na “Future Is Here”, uma conferência de dois dias comemorando o futuro dos seres humanos, do planeta, vida além da Terra e do espaço profundo, oferecida pelo Smithsonian Magazine. Só que, da mesma forma como os humanos estão evoluindo, seus parasitas também evoluem.

“Eu convido vocês a olharem dentro dos olhos de nossos antepassados”, diz Pobiner. “Por que a maioria dos ancestrais humanos foram extintos enquanto o homo sapiens sobreviveu? A resposta tem muito a ver com o cérebro humano”.

O cérebro humano representa apenas cerca de 2% do peso do corpo humano, mas consome 20% da sua energia. As maiores mudanças evolucionárias ocorreram no neocortex, a parte externa do cérebro que processa o pensamento abstrato, o planejamento de longo prazo, a empatia e a linguagem, disse Pobiner.

Como o cérebro humano continua a evoluir, os humanos eventualmente irão desenvolver cabeças gigantes e corpos esqueléticos, como mostrado nos filmes de ficção científica? 


Historicamente, o processo do nascimento limitou o tamanho do cérebro, porque a cabeça dos bebês precisam passar pelo canal do nascimento.

Hoje, entretanto, cirurgias Cesarianas podem contornar esse processo. Pelo menos 46% dos bebês nascidos hoje na China vêm ao mundo por cirurgias Cesarianas, diz Pobiner. Com os avanços na fertilidade e um cuidado pós-natal melhor, ela pergunta, “nós estamos ferrando com a seleção natural?”

A população mundial está crescendo, e uma grande população também evolui rápido, diz Pobiner. Mas, com o aumento do nível do mar e menos terra disponível, doenças transmitidas pela água e pelo ar podem se espalhar mais facilmente, diz Pobiner.

O maior vírus já encontrado foi um vírus descongelado de permafrost, conhecido como Pithovirus. Mesmo que esse parasita não infecte humanos, o que aconteceria se fossem descongelados outros vírus ancestrais que sejam prejudiciais? 

Por exemplo, o vírus da varíola foi erradicado em 1979, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, mas alguns especialistas dizem que eles foram erradicados apenas da superfície da Terra, sobrevivendo em uma forma congelada.

E a evolução humana persiste em outras áreas também, como na seleção sexual. Um estudo recente descobriu que a barba se torna mais atraente quando ela é rara em uma população. Quando um “pico barba” é atingido, ela se torna menos atraente, segundo o estudo. Condições econômicas também influenciam a ausência de barba, como homens desempregados que podem usar barba como sinal de masculinidade, diz Pobiner.

Então a evolução humana acabou? “Definitivamente não”, diz Pobiner. “Enquanto houverem humanos, haverá evolução humana”.
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Fonte: Human Evolution ‘Definitely Not’ Over, Expert Says – Live Science, *por Tanya Lewis - Imagem:Evolution image via imageZebra/Shutterstoc

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