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sábado, 28 de abril de 2018

Qual é a mais alta temperatura conhecida?



A temperatura mais fria no universo conhecido é o zero absoluto, o ponto em que todo o movimento para. Aqui está o que a física tem a dizer sobre a mais alta temperatura conhecida.


Está ficando quente aqui

Cada átomo no universo gosta de calor. Eles gostam tanto de calor que átomos e partículas subatômicas vibram e se movem quando estão quentes. Quanto mais quentes eles são, mais rápido eles se movem. Ao longo dessas mesmas linhas, quanto mais frias elas são, mais lentas elas se movem. De fato, no zero absoluto (0 Kelvin, -273° C ou -460° F), todos os movimentos dos átomos param completamente. Você não pode ficar mais frio do que isso. É como tentar ir para o sul do Pólo Sul ou para o norte do Pólo Norte; não só não vai acontecer, como não é possível.

A coisa mais quente que conhecemos (e vimos) está na verdade muito mais próxima do que você imagina. Está bem aqui na Terra, no Grande Colisor de Hádrons (LHC). Quando ele faz se chocarem partículas de ouro, juntas, para uma segunda divisão, a temperatura é de 7,2 trilhões de graus Fahrenheit. Isso é mais quente do que a explosão de uma supernova.

Pode ser ainda mais quente?

Teoricamente, sim. O primeiro concorrente para a temperatura mais quente é a temperatura de Planck, que equivale a 100 milhões de milhões de milhões de graus, ou 1032 K. Você simplesmente não pode colocar esse tipo de temperatura numa perspectiva. Não há como dividir esse número...

Isso é o máximo que você consegue na física normal porque, uma vez que fica mais quente, a física convencional simplesmente não funciona. Coisas estranhas acontecem. A força gravitacional se torna tão forte quanto as outras três forças naturais (o eletromagnetismo e as forças nucleares fortes e fracas), e elas se fundem em uma força unificada. Entender como isso acontece é chamado de "teoria de tudo" - o santo graal da física teórica moderna... algo que atualmente ainda não entendemos.

A temperatura de Hagedorn é a temperatura mais alta que podemos alcançar. Este é o ponto em que a matéria hadrônica (toda a matéria normal e comum no universo) não é mais estável e se rompe completamente. Chegamos a este ponto em cerca de 2 x 1012 K. Notadamente, alguns físicos teóricos postulam que, neste ponto, a matéria crônica não "evapora" mas, em vez disso, transita para a matéria quark, que pode então ser mais aquecida. No entanto, a matéria quark é uma fase teórica, e não temos certeza se ela realmente existe.

Outro concorrente para a temperatura mais quente do universo é cortesia de teóricos, que dizem que a temperatura mais alta é 1030 K, um pouco mais fria que a do competidor acima. Isso ocorre porque os teóricos das cordas acreditam que as coisas mais básicas no universo não são as partículas normais com as quais todos estamos familiarizados, mas as cordas vibrantes, que têm uma temperatura Hagedorn diferente da dos hádrons.

Infelizmente, é impossível testar as previsões feitas pelos teóricos das cordas - e muitas outras previsões que existem em tais extremos. Como resultado, não sabemos exatamente qual é a temperatura mais alta. Mas os mencionados acima são os melhores candidatos, de acordo com os físicos.
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Texto: Jolene Creighton - @sciencejolene website - publicado: 8, Abril, 2014 - atualizado: 22, Março, 2018 as 3:03 pm - Fonte: futurism.com - What’s The Highest Known Temperature? (tradução livre)

quinta-feira, 26 de abril de 2018

Falta de fósforo reduz a chance de vida extraterrestre




Por que a falta de fósforo no Universo reduz a chance de se encontrar vida extraterrestre - via BBC Brasil


Muito além dos palitos que usamos para acender fogo, o fósforo tem um grande papel na origem da vida. E uma astrônoma britânica que comandou um estudo sobre a presença de fósforo em supernovas disse acreditar que as chances de vida extraterrestre são menores do que se pensa justamente pela falta do elemento no universo.

"Sob condições químicas pobres em fósforo, pode ser que seja realmente difícil que a vida se origine em um mundo similar ao nosso", disse a astrônoma da Universidade de Cardiff, no Reino Unido, à agência Press Association. Utilizando o telescópio britânico William Herschel, localizado nas Ilhas Canárias (Espanha), Greaves e sua equipe buscaram rastros de fósforo e ferro na nebulosa de Caranguejo, localizada a 6,5 mil anos-luz de distância, na constelação de Touro.

Para sua surpresa, Greaves não encontrou ali suficiente quantidade de fósforo para permitir que surgisse vida em novos planetas tal como a conhecemos na Terra. Ainda que os cientistas pretendam prosseguir com esses estudos em outros resquícios de supernovas, "a rota para levar fósforo a planetas recém-nascidos parece bastante precária", agregou Greaves.

Em entrevista à BBC, Greaves, que recentemente apresentou os resultados preliminares de suas pesquisas sobre esse elemento na Semana Europeia de Astronomia e Ciência Espacial, em Liverpool, explicou que "o fósforo é um entre apenas seis elementos químicos realmente importantes" para o surgimento de vida.

A seleta lista, prossegue, é formada por carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, enxofre e, por fim, o fósforo, essencial para o armazenamento e a transferência de energia entre as células. O fósforo, segundo a astrônoma, é crucial ao componente Adenosina trifosfato (ATP), que as células dos organismos vivos usam para armazenar e transportar a energia usada na atividade celular.

"Como astrônoma, me dei conta de que não havia estudos sobre o fósforo cósmico, então pensei: devemos rastreá-lo desde seus primórdios, em termos astronômicos", destaca. O fósforo é um dos elementos químicos criados nas supernovas - as maciças explosões de estrelas - e por elas lançados ao espaço.

"Esses elementos viajam e terminam em grandes nuvens de gases na nossa galáxia. Em algumas dessas nebulosas se formarão futuras gerações de estrelas e planetas", explica a pesquisadora.
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Fonte: BBC Brasil - Por que a falta de fósforo no Universo reduz a chance de se encontrar vida extraterrestre (reprodução)

terça-feira, 24 de abril de 2018

Submarino Titan, da OceanGate, fará expedições ao Titanic



O submarino Titan, da OceanGate, passa em seus testes iniciais e é enviado para mais testes nas Bahamas - depois seu destino será o Titanicpor Alan Boyle - GeekWire¹

O Titan, da OceanGate, deixa a marina em Everett, Washington, para o teste final em Puget Sound.
(Foto: OceanGate)

A OceanGate terminou de colocar seu submersível Titan em sua primeira rodada de testes de águas rasas em Puget Sound e está fazendo as malas para testes em águas profundas nas Bahamas. Depois irá para o Titanic. A equipe da OceanGate personalizou a embarcação, de 22 pés de comprimento, para levar até 5 pessoas a uma profundidade de 13.000 pés, com o objetivo de estudar, a partir de junho, um dos mais famosos naufrágios do mundo.

A construção foi concluída em janeiro e, nas últimas semanas, a empresa tem retirado o Titan de sua marina em Everett, Washington, para mergulhos de até 30 metros. "Está indo bem", disse Stockton Rush, CEO da OceanGate e piloto de testes chefe do Titan. 

O Titan reúne uma série de inovações de alta tecnologia - incluindo um casco composto de carbono, um sistema de direção no estilo de videogame e um conjunto complexo de controles computadorizados. "Não estamos desafiando o casco", explicou Rush. "O que temos que fazer antes de irmos às Bahamas e essas profundezas maiores é garantir que todos os outros sistemas estejam funcionando."

Rush disse que a sincronização de todos os componentes eletrônicos do Titan - incluindo seu sistema de navegação GPS, sistema de medição inercial, quatro computadores, sensores de bordo e uma rede Wi-Fi - levou mais tempo do que ele esperava. Mas esses problemas já foram resolvidos.

Recentemente a equipe terminou de embalar o submersível, sua plataforma móvel, uma embarcação de apoio e outros equipamentos, em três caminhões para a viagem terrestre até a Flórida. Enquanto isso, um navio está sendo preparado para transportar, os equipamentos da OceanGate, de Fort Lauderdale para Marsh Harbour, nas Bahamas.

A OceanGate planeja testar o Titan em profundezas próximas as do Titanic por várias semanas, nas Bahamas. Quando esses testes em águas profundas estiverem concluídos, um navio de abastecimento chamado Island Pride pegará todos os equipamentos e navegará para uma localização ao largo da costa de Newfoundland, Atlântico Norte.

Esse local servirá como ponto de partida para uma série de mergulhos até o túmulo do Titanic. Os pesquisadores vão documentar o que está acontecendo com o naufrágio, que aconteceu em 1912 e só foi encontrado em 1985. Cada tripulação também incluirá especialistas em missões que pagaram mais de 100.000 dólares para participar da aventura.

O cronograma determina que o Titan visite o sítio repetidamente durante este verão do hemisfério norte, ao longo de 6 ou 7 semanas, capturando imagens em 3D e outros dados. Outra rodada de mergulhos já foi programada para o ano que vem. Há uma chance de que a programação tenha que ser ajustada, com base nos resultados dos testes nas Bahamas. Mas Rush disse que os passageiros pagantes estão aproveitando essa possibilidade.

"Metade dos nossos especialistas em missões também são 'Futuros Astronautas' da Virgin Galactic, então estão acostumados com a possibilidade de atrasos técnicos", disse ele. "Se a equipe tiver que atrasar um ano, que seja."

Rush vê muitas semelhanças entre os clientes da OceanGate e os clientes da Virgin Galactic, alguns dos quais esperaram mais de uma década para voar no espaço. Não é apenas sobre alcançar fronteiras, ele disse. É também sobre fazer parte de uma comunidade que está na jornada a cada passo do caminho.

"Não estamos interessados ​​apenas em levar os glóbulos oculares para o Titanic", disse Rush. "Estamos tentando mudar a forma como a humanidade explora o oceano".

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Fonte: GeekWire - OceanGate’s Titan sub passes initial tests, gets set for Bahamas – then the Titanic (trad. livre)

quinta-feira, 19 de abril de 2018

Chuvas de Meteoros



Assistir a uma chuva de meteoros em uma noite escura, mas com céu limpo, pode ser uma experiência inesquecível. Este show cósmico faz até mesmo o astrônomo mais endurecido se embevecer com admiração com as milhares de estrias e flashes de luz que perfuram o céu noturno para uma exibição celestial impressionante.

Em 15 de fevereiro de 2013 um meteoro explodiu sobre a região de Chelyabinsk, na Rússia, e apenas a onda de choque
da explosão causou centenas de feridos, destruiu milhares de vidraças em pleno inverno, derrubou paredes de fábricas e o
som da explosão foi ouvido em um raio de dezenas de quilômetros.

As Chuvas de meteoros ocorrem quando a poeira e partículas de asteroides ou cometas, entram e caem na atmosfera da Terra a uma velocidade muito alta. Quando esses detritos atingem a atmosfera, os meteoros se atritam contra partículas de gases existentes na atmosfera e pelo atrito, aquecendo os meteoros que se incendeiam a mais de 3.000 graus Fahrenheit (dependendo do tamanho alguns explodem emitindo muita luz).


O calor gerado pelo atrito com os gases da atmosfera vaporiza a maioria dos meteoros, criando o que chamamos popularmente de estrelas cadentes (a maioria se tornam visíveis à distância de cerca de 60 milhas de altitude – 96 quilômetros). Alguns grandes meteoros explodem, causando um flash brilhante chamado de bola de fogo, que muitas vezes pode ser ouvido muito longe até 30 quilômetros.

O que são meteoros 

A maioria dos meteoros são muito pequenos, alguns tão pequenos quanto um grão de areia, de modo que eles se desintegram no ar. Os maiores que atingem a superfície da Terra são chamados de meteoritos e são mais raros. 

Para um objeto em queda pela atmosfera se romper depende da sua composição, velocidade e ângulo de entrada. Um meteoro mais rápido num ângulo oblíquo sofre maior stress e pressão atmosférica. Os meteoros compostos de ferro (ou outro metal) suportam melhor o stress da entrada na atmosfera do que os que são feitos de outros materiais, como rochas.

Até mesmo um meteoro de ferro geralmente se quebrará quando penetrar na atmosfera mais densa, em torno de 5 a 7 milhas (entre 8 a 11,2 km) de altitude. Grandes meteoros podem explodir acima da superfície, causando danos generalizados a partir da explosão e consequente incêndio.

Isso aconteceu em 1908, sobre a Sibéria, no que é chamado o evento de Tunguska (n.t. e recentemente, de novo na Rússia, em 15 de fevereiro, na região de Chelyabinsk, ferindo centenas de pessoas com estilhaços da explosão provocada pela onda de choque quando o meteoro explodiu ainda em alta altitude). 


Meteoros Eta Aquarids em 06 de maio de 2013.
Stephen Voss enviou esta foto de
Otago Harbour Entrance, em Dunedin, Nova Zelândia
Fatos sobre a chuva de meteoros

Meteoros são muitas vezes vistos caindo do céu sozinhos – um aqui, outro ali. Mas há certas vezes durante o período de um ano, quando dezenas ou até mesmo centenas de meteoros caem por hora iluminando o céu, aparentemente vindo de uma parte específica da abobada celeste, irradiando em todas as direções, e caindo em direção à Terra, um após o outro.

Chuvas de meteoros ocorrem quando a Terra atravessa periodicamente um rastro de detritos e poeira deixados pela passagem de um cometa. Por exemplo, a chuva de meteoros Orionidas acontece quando a Terra passa através de uma nuvem de detritos deixados pelo cometa Halley . Outros são causados por restos de asteróides. Milhares destas pequenas partículas podem entrar na atmosfera da Terra, entrarem em ignição pelo atrito e deixar rastros de fogo na medida em que eles se queimam.

Em média, meteoros podem acelerar através da atmosfera de cerca de 30.000 mph (48.280 kph) e atingem temperaturas de cerca de 3.000 graus F (1.648 graus Celsius). Às vezes, os meteoros podem explodir em bolas de fogo magníficas que às vezes podem ser vistos até durante o dia.

Chuvas de meteoros que merecem ser vistas ao longo do ano

Existem várias chuvas de meteoros periódicas e anuais que os astrônomos e observadores amadores esperam a cada ano:

Lyrids

Eles parecem surgir a partir da brilhante estrela Vega, na Constelação de Lyra: todos os anos, no final de abril a Terra passa pela empoeirada cauda do cometa Thatcher  (C/1861 G1), e o encontro provoca uma chuva de meteoros – chamada de Lyrids.

Este ano de 2018, os picos dessa chuva de meteoros será no sábado de madrugada, dia 21 de abril. Os Meteorologistas do clima espacial esperam queda de 10 a 20 meteoros por hora, embora explosões tão elevadas como a queda de 100 meteoros por hora sejam possíveis com os Lyrids, com pouca ou nenhuma interferência de uma lua crescente nesta madrugada.

A chuva de meteoros Lyrids ocorrerá a partir do dia 21 até 23 de abril de 2018, será visível em todo o hemisfério Sul, incluindo o Brasil, com o melhor momento para a observação sendo quando a estrela mais brilhante dessa constelação de Lyra, Vega  estiver bem alta no céu. Isso pode acontecer entre as 02h30 as 04:30 da manhã. 

Um fato que torna essa chuva particularmente interessante de ser observada é a magnitude do brilho dos meteoros durante sua queda. A magnitude aparente prevista para os meteoros dessa chuva é de 2.0, o que possibilita observá-los até mesmo em grandes cidades, nos locais mais escuros e retirados do centro. 

Leonids

A mais brilhante e mais impressionante é a chuva de meteoros Leonids ou a rainha das Chuvas de meteoros que pode produzir uma tempestade de meteoros que inundam os céus da Terra com milhares de meteoros por minuto em seu pico máximo. Na verdade, o termo chuva de meteoros foi cunhado após os astrônomos, observarem uma  das exibições/exposições dos Leonids das mais impressionantes no ano de 1833.  

A mais linda chuva de meteoros Leonids só acontece em intervalos de aproximadamente 33 anos, sendo a última que iluminou o céu da Terra, em 2002, e não deverá ser repetida até 2028. [Veja: surpreendentes Leonid Meteor Shower Fotos ]

Perseidas

O astronauta Ron Garan fotografou uma “estrela cadente”, durante a chuva de meteoros Perseidas,
em 13 de agosto de 2011 a partir da ISS-Estação Espacial Internacional. (NASA)

Outra combinação que vale a pena se manter acordado durante a noite é a chuva de meteoros Perseidas, que é associado com a passagem do cometa Swift-Tuttle. A Terra passa através da órbita do cometa durante o mês de agosto de cada ano. Não é tão ativo quanto as Leonids, mas é a chuva de meteoros mais vista do ano (no hemisfério norte porque então é o auge do verão), chegando a 12 de agosto, com mais de 60 meteoros por minuto.

Orionids

A chuva de meteoros Orionids, como mencionado antes, é o evento que ocorre quando a Terra passa através dos detritos deixados pelo cometa Halley que orbita o Sol a cada 75 a 76 anos. O chuveiro Orionids acontece todo mês de outubro e pode durar uma semana, tratando observadores pacientes com um show de 50-70 estrelas cadentes por hora em seu pico. As chuvas de meteoros são nomeados com o nome das constelações de onde a chuva parece estar vindo. 

Os Orionids se originam surgindo da constelação de Orion enquanto meteoros Perseids parecem estar vindo da constelação de Perseus. Outras chuvas de meteoros que vale a pena assistir são os Quadrantids, Geminidas e Lyrids. [Veja: meteoros Orionids Meteoros de 2011]

Quadrantids

A chuva de meteoros Quadrantid surge dos restos do asteroide chamado 2003 EH1 que é, provavelmente, uma parte de um cometa que se partiu há séculos atrás. Os detritos entraram na atmosfera da Terra em janeiro de 2012 e ofereceu aos astrônomos e outros observadores da Terra uma breve apresentação, que durou algumas horas. [Veja: Espetacular Quadrantid Meteoro Fotos ]

Geminids

Como os Quadrantids, a chuva de meteoros Geminid também veio de partículas de poeira de um asteroide, desta vez um asteroide próximo à Terra chamado 3200 Phaeton. Chuvas de meteoros são em sua maioria causadas por detritos e poeira de cometas, os Quadrantids e Geminidas são gerados por restos de asteroides, fazendo-os diferente das outras chuvas de meteoros. Os Geminids pulverizam até 40 meteoros por hora surgindo da constelação de Gêmeos em seu pico máximo.

Melhor tempo e lugar para se ver uma chuva de meteoros

As pessoas que vivem no Hemisfério Norte estão na melhor posição para observar as mais belas chuvas de meteoros. Por exemplo, a América do Norte esta logo abaixo da região do céu onde em janeiro a chuva de meteoros Quadrantids aparece.

A presença de uma lua brilhante pode escurecer a perspectiva de se ver uma boa chuva de meteoros, abafando todos, mas deixando os meteoros mais brilhantes. Locais  poluídos de luz artificial (como nas cidades) diminui muito a capacidade de observação, e o melhor lugar para se ver uma chuva de meteoros é fora da cidade, na zona rural.

A maioria das chuvas de meteoros é melhor visualizada nas horas logo imediatamente antes do amanhecer, quando a parte da Terra em que você está fica voltada para a direção da órbita do planeta.

É como os insetos que batem no pára-brisa de um carro. Nos horários noturnos, por outro lado, os meteoros são menos freqüentes – vagamente semelhante a insetos batendo no pára-choque traseiro de um carro.

A Melhor época do ano para chuvas de meteoros

Chuvas de meteoros podem ser vistas em diferentes épocas do ano, dependendo de quando a Terra vai passar pelo rastro dos detritos e poeira de um cometa ou asteroide em seu caminho orbital. Algumas chuvas de meteoros acontecem anualmente, outros só aparecem durante um período de vários anos, enquanto alguns dos melhores shows – tempestades de meteoros – acontecem uma ou duas vezes na vida.

☞ Conheça 10 Hotspots para Observar o Céu Noturno no Brasil 
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Fonte: Com informações de Thoth3126@protonmail.ch, spaceweather.com e Space.com

segunda-feira, 16 de abril de 2018

Descoberto buraco negro supermassivo gigante



Os astrônomos acabaram de encontrar alguns dos buracos negros mais massivos descobertos em nosso Universo. Os tamanhos superam as previsões quando os buracos negros supermassivos...

Descoberta de buraco negro supermassivo antigo muda a teoria convencional da formação de estrelas e galáxias

Uma recente descoberta de um quasar há 13,1 bilhões de anos-luz da Terra tem feito os físicos se perguntarem “o que estamos perdendo”? O quasar é a assinatura visível de um buraco negro supermassivo que reside em seu centro e emite jatos de partículas polarizadas com brilho 400 trilhões de vezes maior que o do Sol. 

O recém-descoberto gigante, pesando 800 milhões de massas solares (800 vezes a massa do nosso Sol), que é mais de 175 vezes a massa do buraco negro que reside no centro da nossa galáxia Via Láctea. Sagitário A, é agora o buraco negro supermassivo identificado mais antigo. O problema para os físicos é que o modelo convencional de formação de estrelas e galáxias não permite que buracos negros deste tamanho se formem tão cedo - este sendo observado há apenas 690 milhões de anos após o Big Bang.

A teoria padrão diz que buracos negros se formam a partir do colapso de estrelas com pelo menos 25 massas solares ou mais. Isto requer que as grandes estrelas tenham que ser formadas, queimadas através de seus núcleos fusíveis (terminando no elemento ferro), sofrer uma explosão de supernova e deixar para trás um buraco negro de aproximadamente 10 massas solares. O buraco negro teria então de acumular material adicional na taxa ideal (conhecida como taxa de Eddington, dobrando em massa a cada dez mil anos) por pelo menos um bilhão de anos para atingir um tamanho de um bilhão de massas solares. 

O problema é que o buraco negro recentemente observado já estava perto de um bilhão de massas solares em um momento em que as primeiras estrelas (estrelas da População III) estavam apenas se formando, então como ele poderia ter se formado a partir de um remanescente estelar? O que os físicos estão perdendo?

Uma possível explicação vem de uma previsão feita pelo físico Nassim Haramein - que os buracos negros se formam primeiro, e estrelas e galáxias se acumulam em torno do núcleo central do buraco negro. Com a recente observação do antigo quasar deixando poucas alternativas para esta ideia, muitos astrofísicos estão agora adotando o modelo de Haramein. A principal pesquisadora de um estudo para correlacionar o tamanho de uma galáxia com a massa do seu buraco negro central, Mar Mezcua, do Instituto de Ciências Espaciais da Espanha, afirmou:

"Descobrimos buracos negros que são muito maiores e mais massivos que o previsto" - ou eles começaram grandes e depois puxaram uma galáxia ao redor deles, ou estamos perdendo alguma coisa em nosso conhecimento atual sobre como as galáxias produzem buracos negros - "eles são tão grandes porque tiveram uma vantagem inicial ou porque certas condições ideais permitiram que eles crescessem mais rapidamente ao longo de bilhões de anos?" 

Curiosamente, o estudo conduzido por Mezcua parece indicar que quanto mais rápido a taxa de crescimento do buraco negro supermassivo central, mais rápida a taxa de crescimento das estrelas e, portanto, maior a galáxia.

A busca agora é encontrar os primeiros buracos negros, que poderiam ter se formado durante o período inflacionário, a época inicial da cosmogênese em que os buracos negros primordiais poderiam ter se formado em uma variedade de tamanhos - do tamanho de um próton, até várias centenas de massas solares. Uma coisa está ficando clara, a importância dessas estruturas únicas de espaço-tempo é parte integrante da história formativa e do estado atual do universo.

Esta pesquisa foi publicada nas Notícias Mensais da Royal Astronomical Society: the most massive black holes on the Fundamental Plane of black hole accretion
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Fonte: Resonance Science Fundation - Discovery of an Ancient Supermassive Black Hole is Upending Conventional Theory of Star and Galaxy Formation

sexta-feira, 13 de abril de 2018

Satélite perdido nos anos 60, misteriosamente, volta a transmitir



O Satélite LES1 antes do lançamento, em 1965
Abandonado no espaço em 1967, um satélite dos EUA começou a transmitir novamente em 2013 - Depois de saber disso, que um satélite que está em silêncio há décadas de repente começa a enviar novos sinais, você pode, obviamente, suspeitar que o dispositivo foi seqüestrado por alienígenas, agora tentando se comunicar com a Terra. Talvez eles estejam nos avisando de que estão planejando uma invasão!

É possível que tais pensamentos passassem pela mente de Phil Williams, um radioastrônomo amador inglês baseado em Cornwall, que foi a primeira pessoa a captar os sinais estranhos que vinham como “sons fantasmagóricos” em 2013. Acontece que as mensagens transmitidas estavam vindo de um satélite LES1 abandonado, mas os especialistas precisaram de mais três anos para se certificar de que este era de fato o satélite americano que foi "perdido" em 1967.

O LES1 foi uma das várias unidades produzidas e lançadas ao espaço pelo Laboratório Lincoln do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), entre 1965 e 1967. Essas unidades, projetadas principalmente para testar novas tecnologias de comunicação via satélite, eram rotuladas com números, em partindo de LES1 até LES9.

Como se viu, o lançamento dos primeiros quatro satélites não foi tão bem assim. O LES1, em particular, não conseguiu atingir a maioria dos objetivos planejados. O contato com o satélite foi completamente perdido dois anos após o seu lançamento, e desde então ele tem orbitado em torno de nosso planeta, permanecendo totalmente fora de contato. As coisas melhoraram para as quatro unidades seguintes, LES5 até LES9; a unidade LES7 foi cancelada quando o programa estava chegando ao fim e não havia mais financiamento para isso.

A Voyager-1, lançada em 5 de setembro de 1977
O que surpreendeu a todos em 2013 é que o LES1 começou a enviar sinais em repetições a cada quatro segundos. Phil Williams sugeriu que uma falha em um dos componentes do dispositivo foi o que talvez fez com que ele começasse a enviar sinais novamente.

A frequência designada do sinal é 237 MHz. No entanto, o satélite consegue enviar as transmissões somente quando seus painéis solares são diretamente expostos à luz. 

O sinal supostamente cessa quando os painéis da nave caem na sombra do próprio corpo do satélite. "A tensão nos painéis solares salta e ele pode emitir o sinal fantasma", afirmou Williams.

É provável que a bateria on-board do satélite esteja totalmente descarregada até agora, então o que potencializa a transmissão dos sinais é um mistério. Quanto a se o LES1 representa alguma ameaça, aparentemente não há nada a temer. Este é apenas mais um pedaço de lixo espacial girando em órbita.

O mais impressionante é que os componentes eletrônicos usados ​​no LES1 foram produzidos cinco décadas atrás e, embora tenham sido expostos às condições severas do espaço, eles ainda parecem estar em algum tipo de ordem de funcionamento. E cinco décadas atrás é muito tempo em termos de tecnologia e seu desenvolvimento.

O LES1 foi lançado mais de uma década antes da sonda Voyager-1 ser lançada ao espaço para explorar os reinos externos do sistema solar. E a eletrônica usada na década de 1960 era muito mais simples do que a usada desde então, talvez, mais durável.

Nave SOHO, Observatório Solar e Heliosférico, da NASA
A notícia desse satélite desatualizado voltando a ficar on-line depois de tanto tempo em silêncio surpreendeu a todos na comunidade científica. O satélite foi lançado em 11 de fevereiro de 1965, do Cabo Canaveral. Deixou de enviar sinais apenas dois anos depois. Ainda assim, este não é o único caso de um satélite ter sido perdido e depois encontrado novamente.

Aconteceu também com a muito mais cara sonda Solar and Heliospheric Observatory spacecraft (SOHO), que desapareceu sem deixar vestígios em 1998. 

A SOHO parou de enviar sinais enquanto seguia em sua missão de observar o sol. Os astrônomos da NASA acabaram localizando a nave perdida e restabeleceram contato com ela, enquanto ela girava impotente no espaço.

No caso do SOHO, foi alegadamente uma falha no software que levou ao mau funcionamento da espaçonave. O satélite foi finalmente recuperado e continuou sua missão. Mas no caso do LES1, tudo parece muito mais estranho e muito mais inesperado, já que é um equipamento antigo que havia sido esquecido há muito tempo.
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Fonte: Vintage News - site - (tradução livre)

quarta-feira, 11 de abril de 2018

33 frases de efeito sobre política



Política, - do Grego: πολιτικός / politikos - significa "de, para, ou relacionado a grupos que integram a Pólis") denomina-se a arte ou ciência da organização, direção e administração de nações ou Estados; a aplicação desta ciência aos assuntos internos da nação (política interna) ou aos assuntos externos (política externa).

Nos regimes democráticos, a ciência política é a atividade dos cidadãos que se ocupam dos assuntos públicos com seu voto ou com sua militância.

Nesses tempos em que tanto se discute política. Tempos em que há uma forte polarização entre parte da sociedade que se coloca à esquerda e outra à direita. Operação Lava-Jato, julgamentos importantes no STF, o judiciário nos holofotes, é importante termos equilíbrio, postar comentários políticos de maneira inteligente e construtiva. Frases de efeito, de autores célebres, sempre ajudam nessas horas, seja para inspirar ou simplesmente fazer uma citação!

33 frases de efeito sobre política:

"Muitas vezes é a falta de caráter que decide uma partida. Não se faz literatura, política e futebol com bons sentimentos." 
-Nelson Rodrigues

"Políticos e fraldas devem ser trocados de tempos em tempos pelo mesmo motivo." 
-Eça de Queirós

"Política é como nuvem. Você olha e ela esta de um jeito. Olha de novo e ela já mudou." 
-Magalhães Pinto

"O primeiro método para estimar a inteligência de um governante é olhar para os homens que tem à sua volta." 
-Maquiavel

"Como nenhum político acredita no que diz, fica sempre surpreso ao ver que os outros acreditam nele." 
-Charles de Gaulle

"Errar é humano. Culpar outra pessoa é política." 
-Hubert H. Humphrey

"O meu ideal político é a democracia, para que todo o homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado." 
-Albert Einstein

"A política é quase tão excitante como a guerra e não menos perigosa. Na guerra a pessoa só pode ser morta uma vez, mas na política diversas vezes." 
-Winston Churchill

"A política tem a sua fonte na perversidade e não na grandeza do espírito humano." 
-Voltaire

"O Demônio não soube o que fez quando criou o homem político; enganou-se, por isso, a si próprio." 
-William Shakespeare

"Eu achava que a política era a segunda profissão mais antiga. Hoje vejo que ela se parece muito com a primeira." 
-Ronald Reagan

"A política é uma guerra sem derramamento de sangue, e a guerra uma política com derramamento de sangue." 
-Mao Tse-Tung

"A política é a arte de captar em proveito próprio a paixão dos outros." 
-Henry de Montherlant

"Para a política o homem é um meio; para a moral é um fim. A revolução do futuro será o triunfo da moral sobre a política." 
-Ernest Renan

"Os homens hão-de aprender que a política não é a moral e que se ocupa apenas do que é oportuno." 
-Henry David Thoreau

"Noventa por cento dos políticos dão aos 10% restantes uma péssima reputação." 
-Henry Kissinger

"O descontentamento é o primeiro passo na evolução de um homem ou de uma nação." 
-Oscar Wilde

"Brasília…Uma prisão ao ar livre." 
-Clarice Lispector

"Um povo que não sabe nem escovar os dentes não está preparado para votar." 
-General João Batista Figueiredo

"Democracia é oportunizar a todos o mesmo ponto de partida. Quanto ao ponto de chegada, depende de cada um." 
-Fernando Sabino

"PARTIDO. Agrupamento para defesa abstrata de princípios e elevação positiva de alguns cidadãos." 
-Carlos Drummond de Andrade

"Neutro é quem já se decidiu pelo mais forte." 
-Max Weber

"A prosperidade de alguns homens públicos do Brasil é uma prova evidente de que eles vêm lutando pelo progresso do nosso subdesenvolvimento." 
-Stanislaw Ponte Preta
     
"A diferença entre a galinha e o político é que o político cacareja e não bota o ovo." 
-Millôr Fernandes

"Não sou político; sou principalmente um individualista. Creio na liberdade; nisso se resume a minha política..." 
-Charles Chaplin

"Os acontecimentos políticos humilham e desabonam mais a sabedoria humana que quaisquer outros eventos deste mundo. "
-Marquês de Maricá

"A maior parte dos homens, em política como em tudo, atribui os resultados das suas imprudências à firmeza dos seus princípios." 
-Benjamin Constant

"Política tem esta desvantagem: de vez em quando o sujeito vai preso em nome da liberdade." 
-Stanislaw Ponte Preta

"Nas revoluções políticas os povos ordinariamente mudam de senhores sem mudarem de condição." 
-Marquês de Maricá

"A ignorância, a cobiça e a má fé também elegem seus representantes políticos." 
-Carlos Drummond de Andrade

"O homem é um animal político." 
-Aristóteles 

"Os politicos são a mentira, legitimada pela vontade do povo!" 
-José Saramago

"Os artistas usam a mentira para revelar a verdade, enquanto os políticos usam a mentira para esconde-la." 
-Guy Fawkes (V de Vingança)


sexta-feira, 6 de abril de 2018

Espaçonave da Virgin Galactic é testada com sucesso




Virgin Galactic completa 1º voo de testes motorizado, desde acidente fatal em 2014

A 2º SpaceShipTwo da Virgin Galactic, a VSS Unity, realizou seu primeiro voo de teste movido a foguete
sobre o Deserto de Mojave, na Califórnia, em 5 de abril de 2018. O voo de teste não visava atingir o espaço. 
Crédito: Virgin Galactic / www.MarsScientific.com e Trumbull Studios

MOJAVE, Califórnia - A Virgin Galactic fez um retorno triunfante com seu vôo motorizado de ontem (5 de abril) num teste bem-sucedido do veículo suborbitário SpaceShipTwo VSS Unity. Foi o primeiro voo a usar motor de foguete feito pela empresa em quase três anos e meio, após a perda trágica da SpaceShipTwo VSS Enterprise em 31 de outubro de 2014.

O VSS Unity foi lançado de sua nave-mãe, WhiteKnightTwo, de cerca de 50.000 pés (15.000 metros), sobre as montanhas a cerca de 32 km ao norte do Mojave Air and Space Port, na Califórnia. Os pilotos David Mackay e Mark "Forger" Stucky dispararam o motor híbrido da Unity por 30 segundos, impulsionando o veículo a uma velocidade máxima de Mach 1.87 e uma altitude máxima de 84.271 pés (25.686 m) antes de deslizar de volta para a pista do espaçoporto, declararam os representantes da Virgin Galactic.

Durante a descida, a tripulação implantou o sistema de penas da SpaceShipTwo, que reconfigura a nave em uma peteca de alto arrasto, ao mover seus booms de cauda dupla. A pena será usada durante voos espaciais, para suavizar a reentrada do veículo na atmosfera da Terra.

"@virgingalactic Back on track...", tuitou o fundador da Virgin Galactic, Richard Branson, após o teste de ontem:


O primeiro voo com motor da Unity aconteceu depois de mais de um ano de testes sem motor que viram a nave espacial deslizar de volta à pista sete vezes. O vôo mais recente foi no dia 11 de janeiro.

Representantes da Virgin Galactic disseram que conduzirão uma série de vôos motorizados ao longo de 2018 com disparos de motores cada vez mais longos. Eles esperam que a espaçonave alcance pelo menos 50 milhas (80 km) até o final deste ano, a altitude definida como o início do espaço pela maioria das entidades, incluindo a Força Aérea dos EUA.


A nave SpaceShipTwo VSS Unity, da Virgin Galactic,
aterrissa no Mojave Air & Space Port em Mojave, Califórnia,
após seu primeiro voo de teste em 5 de abril de 2018.
Crédito: Virgin Galactic
Eventualmente, o programa de testes será transferido para o Spaceport America, no Novo México, onde a Virgin Galactic é a locadora âncora.

A empresa espera iniciar o serviço comercial do Spaceport America ainda este ano. Branson planeja estar no primeiro voo comercial da Unity, com capacidade para seis passageiros e dois pilotos. Outros veículos SpaceShipTwo já estão em construção.

O voo de ontem foi o 12º da Unity, de um total que inclui quatro testes de transporte cativos. Foi o 246º voo da nave-mãe WhiteKnightTwo, VMS Eve. A Enterprise concluiu com sucesso 30 voos glide e três testes avançados antes de ser perdida.

O voo de hoje foi um marco importante de outra maneira importante. Enquanto a Enterprise foi construída e testada em voo pela empresa Scaled Composites, a Unity foi produzida pela The Spaceship Co., que também é de propriedade do Virgin Group.

"É oficial: @TheSpaceshipCo é agora o fabricante de um veículo supersônico tripulado. Construído e operado de forma privada. Essa é uma companhia 'muito' rara de se manter", twittou William Pomerantz, um ex-vice-presidente da Virgin Galactic que se mudou para a Virgin Orbit.

"ISSO FOI INCRÍVEL!" O presidente da Virgin Galactic, George Whitesides, escreveu no Twitter. "Parabéns aos pilotos, tripulação, equipe de terra e todas as pessoas que projetaram e construíram essa bela nave. Ansiosos para fazer isso de novo!"


O VMS Eve, avião da Virgin Galactic, se preparando
para o primeiro vôo de testes da nave VSS Unity;
realizado no dia 05 de abril de 2018,
no Mojave Air and Space Port em Mojave, Califórnia.
O vôo de teste não teve como objetivo alcançar o espaço.
Crédito: Virgin Galactic
O primeiro vôo bem sucedido foi um alívio para a Virgin Galactic, após a perda da Enterprise no Halloween de 2014. O veículo caiu perto de Koehn Lake, resultando na morte do co-piloto da Scaled Composites, Mike Alsbury. O piloto Pete Siebold conseguiu se ejetar da espaçonave e acionar seu paraquedas, mesmo assim sofreu ferimentos graves. O Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos EUA descobriu que um erro de projeto permitiu que Alsbury destravasse o dispositivo de penas prematuramente, durante a ascensão elétrica.

O co-piloto deveria desbloquear a pena quando o navio atingisse Mach 1.4; em vez disso, ele a destravou quando o veículo se aproximava de Mach 1. As forças aerodinâmicas reconfiguraram a nave enquanto o motor ainda estava queimando, resultando no rompimento.

A razão pela qual os pilotos têm que destravar a pena durante a subida é garantir que as travas não soldem. Se isso acontecer os pilotos precisarão abortar o vôo e voltar para a pista. A SpaceShipTwo pode sofrer sérios danos se descer de uma grande altitude sem poder acionar o sistema de penas.

Após a perda da Enterprise, os engenheiros modificaram o sistema de penas para impedir que os pilotos liberassem os bloqueios prematuramente.

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quarta-feira, 4 de abril de 2018

África está se dividindo ao meio




No continente africano apareceu uma nova e enorme rachadura de 15 metros de profundidade e 20 metros de largura que surgiu repentinamente no sudoeste do Quênia.

Segundo avisam os cientistas, o continente africano pode já estar se separando em dois pedaços na sua porção leste. Além disso, quando o fenômeno surgiu, provocou muitos danos, isto é: destruiu estradas, linhas elétricas e edifícios residenciais. 

Neste contexto, a especialista em geologia Lucía Pérez Díaz explicou ao The Conversation quais são as possíveis causas do acidente geográfico. Uma grande rachadura, estendendo-se por vários quilômetros, apareceu repentina e recentemente no sudoeste do Quênia. A fenda, que continua a crescer, fez com que parte da rodovia Nairobi-Narok colapsasse e foi acompanhada de intensa atividade sísmica na área.


A especialista observou que a Terra sempre sofre várias alterações, sem que as notemos de imediato. As placas tectônicas são um bom exemplo desse processo. Elas não permanecem estáticas, e seu movimento permite supor que o continente africano está se partindo em dois.Às vezes, o movimento das placas tectônicas resulta em seu rompimento.

Um exemplo deste tipo de fenômeno seria o Rift Africano Oriental — uma rachadura de mais de 3.000 quilômetros de extensão desde o Chifre da África .

Provavelmente é este rift que provocará a divisão do continente em duas partes. Não obstante, o aumento das fissuras é um processo muito lento. Por exemplo, o movimento das placas nessa região ocorre com velocidade de 2,5 a 5 centímetros por ano. Ou seja, devem passar milhões de anos antes que a rachadura se torne tão grande que a água do oceano a inundará por completo.


África está se separando em duas partes ao longo da Somália e Quênia. Levará milhões de anos, mas África finalmente se separará em duas partes desiguais e um novo mar se formará entre elas.

O recente surgimento da rachadura no Quênia contribui para a divisão do continente. Os especialistas destacam que fenômenos parecidos frequentemente resultam de atividade sísmica ou vulcânica.


Grande Vale Do Rift, Tanzânia. Shutterstock
Por que o rift acontece?

Quando a litosfera está sujeita a uma força tensional horizontal, ela se expandirá, tornando-se mais fina.  Eventualmente, ele irá se romper, levando à formação de um vale rift.

Este processo é acompanhado por manifestações superficiais ao longo do vale do Rift, sob a forma de vulcanismo e atividade sísmica. As fendas são o estágio inicial de um colapso continental e, se bem-sucedidas, podem levar à formação de uma nova bacia oceânica. Um exemplo de um lugar na Terra onde isso aconteceu é o oceano Atlântico Sul, que resultou do desmembramento da América do Sul e da África em torno de 138 milhões de anos atrás – já notou como suas linhas costeiras combinam como peças do mesmo quebra-cabeça.

O rifteamento continental exige a existência de forças tensionais grandes o suficiente para romper a litosfera. O Rift do Leste Africano é descrito como um tipo ativo de fenda, no qual a fonte dessas tensões reside na circulação do manto subjacente. Por baixo dessa fenda, a elevação de uma grande pluma de manto está subindo a litosfera, fazendo com que ela enfraqueça como resultado do aumento da temperatura, sofra alongamento e quebre com falha.

A evidência da existência desta pluma de manto mais quente que o normal foi encontrada em dados geofísicos e é frequentemente referida como o “Superswell Africano”. Esta superplume não é apenas uma fonte amplamente aceita das forças de atrito que estão resultando na formação do vale do Rift, mas também tem sido usada para explicar a topografia anormalmente alta dos planaltos do sul e do leste da África.


Foto de satélite do Vale do RIFT, com inúmeros
 vulcões, muita atividade sísmica e lagos. (NASA)
Romper não é fácil

As fendas exibem uma topografia muito distinta, caracterizada por uma série de depressões delimitadas por falhas cercadas por terrenos mais altos. No sistema da África Oriental, uma série de vales de fenda alinhados separados por grandes falhas de delimitação pode ser claramente vista do espaço.

Nem todas estas fraturas se formaram ao mesmo tempo, mas seguiram uma sequência que começou na região de Afar, no norte da Etiópia, a cerca de 30 milhões de anos e se propagou para o sul em direção do Zimbabué a uma taxa média entre 2,5-5cm por ano.

Embora a maior parte do tempo seja imperceptível para nós, a formação de novas falhas, fissuras e rachaduras ou o movimento renovado ao longo de falhas antigas, como as placas núbia e somali continuam a se afastar, pode resultar em terremotos.

No entanto, na África Oriental, a maior parte dessa sismicidade está espalhada por uma ampla zona em todo o vale do rift e é de magnitude relativamente pequena. O vulcanismo correndo ao lado é uma manifestação adicional da superfície do processo contínuo de fragmentação continental e da proximidade da astenosfera fundida quente à superfície.


Uma linha do tempo em ação

O Rifte do Leste Africano é único na medida em que nos permite observar diferentes estágios de rift ao longo de seu comprimento. Para o sul, onde a fenda é jovem, as taxas de extensão são baixas e falhas ocorrem em uma área ampla. O vulcanismo e a sismicidade são limitados.

Em direção à região de Afar, no entanto, todo o piso do vale está coberto por rochas vulcânicas. Isto sugere que, nesta área, a litosfera se desbastou quase ao ponto da ruptura completa. Quando isso acontece, um novo oceano começará a se formar pela solidificação do magma no espaço criado pelas placas quebradas.

Eventualmente, ao longo de um período de dezenas de milhões de anos, o alastramento do fundo do mar irá progredir ao longo de toda a extensão da falha. O oceano inundará tudo e, como resultado, o continente africano se tornará menor e haverá uma grande ilha no Oceano Índico composta de partes da Etiópia e da Somália, incluindo o Chifre da África.

Eventos dramáticos, como falhas repentinas de divisão de autoestradas ou grandes terremotos catastróficos, podem dar ao rift continental uma sensação de urgência, mas, na maioria das vezes, ele divide a África sem que ninguém perceba.
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Fonte: https://br.sputniknews.com/https://theconversation.com/ - Edição e imagens:  Thoth3126@protonmail.ch - África está se dividindo em duas partes? (Fotos, Vídeo)